O dia 10 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Para promover a conscientização e o trabalho desta campanha, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo.
De acordo com o site da Campanha, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. O Setembro Amarelo tem como objetivo prevenir e reduzir estes números.
Com o uso crescente das redes sociais, muitas marcas e influenciadores digitais possuem um grande alcance para incentivar pessoas em diversos temas e assuntos, como vida fitness, finanças, vestuário.
Com o tema Setembro Amarelo, não deve ser diferente. Este tema é de extrema importância, e deve ser abraçado pelas grandes marcas e influenciadores, pois é dos assuntos mais pertinentes na sociedade atual.
Suicídio
Muitas pessoas confundem “falar sobre” com o “incentivar a”, quando o assunto é suicídio.
Vivemos na era da informação, e o conhecimento a respeito do assunto se faz fundamental no trabalho de prevenção e cuidado às pessoas que podem apresentar comportamentos e ideações suicidas.
Devemos quebrar o tabu, desmitificar estereótipos como: “fez isso só para chamar atenção” e oferecer suporte àqueles que passam por momentos de sofrimento psíquico.
Marcas e influenciadores devem auxiliar na pulverização do conhecimento em ações que envolvem a campanha do Setembro Amarelo.
Mas devem ser coerentes, afirmando a necessidade de cuidado a saúde mental não somente no período da campanha, não fortalecendo estigmas e padrões sociais que levam muitos ao adoecimento mental.
Vale lembrar que o comportamento suicida não se origina atrelado apenas aos transtornos mentais (depressão, ansiedade, dentre outros), mas também à necessidade de se enquadrar em uma sociedade que valoriza modelos de corpos e de vidas ideais, inalcançáveis para a maioria da população.
Você, eu e toda uma rede pode ser fundamental no cuidado com as pessoas que apresentam ideações suicidas.
Observem aos sinais que essas pessoas apresentam:
– Comportamentos diferentes dos que usualmente demonstram, elas muitas vezes falam claramente sobre a vontade de tentar contra a própria vida.
Seja suporte, mas, primordialmente, oriente a procura de um profissional da saúde mental (psicólogos e psiquiatras).
Seja colo e ouvidos para dar força para seguir com o tratamento adequado, auxiliando na ruptura de paradigmas dos transtornos mentais.
Incentive a falar! Falar é o principal caminho! Falar é demonstrar força e coragem!
Há canais de apoio como o Centro de Valorização da Vida – CVV (188) e os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade, que, via SUS, promove atendimento gratuito a pessoas que sofrem de doenças e transtornos mentais. O acompanhamento deve ser feito por profissionais, mas família, amigos e toda rede de apoio são fundamentais para o sucesso do tratamento